terça-feira, 15 de novembro de 2011

VIDAS XLV


   E pronto! Vidas chega finalmente ao fim. E, este é um projeto que me tem acompanhado ao longo de uma vida. A ideia inicial, tive-a quando ainda tinha apenas 17 anos. Na altura, imaginei-o logo como uma trilogia, com histórias diferentes que se podiam ler em separado e, que tinham como único elemento comum, a narração do fim de uma civilização e o despontar de outra. Na altura, cheguei a escrever, como se de um romance se tratasse, algumas partes dos três livros, que ia continuando um pouco ao sabor da corrente.
   A ideia de transferir algum desse material para BD veio algum tempo depois. Mantive a trilogia, fiz algumas alterações em relação à ideia original e sintetizei a coisa, naquilo que seriam então três álbuns que seguiriam a directiva que tinha colocado inicialmente. O primeiro chamar-se-ia Crepúsculo. o segundo Meio Dia e o último Ocaso.
   Entusiasmado, comecei, então, durante alguns anos e, conforme o tempo me permitia, a trabalhar neste primeiro álbum. Isto passou-se logo a seguir a ter lançado A Voz dos Deuses e, na altura, considerei que este poderia ser um segundo registo muito diferente do primeiro que tinha feito. Elaborei o álbum e apresentei-o a alguns editores, depois de pronto. Porém, as respostas que tive ou não existiram ou foram rotundos nãos e Vidas viu-se assim remetido para o esquecimento para o fundo de uma gaveta e nunca mais pensei no assunto.
   Andava eu à procura de material para publicar no blogue, quando esbarrei então com as pastas onde estavam as pranchas desta história. Reli-a, porque havia coisas de que já não me recordava muito bem e decidi então, a pouco e pouco, reconstrui-la, eliminando os balões que na época tinha colocado nas páginas, para depois a digitalizar, melhorando aqui e ali alguns aspectos que, volvidos estes anos, já não me agradavam e começar então a publicá-la. Qual Fénix renascida das cinzas, a história, semana a semana, foi ganhando uma nova vida, podendo, agora, finalmente, ser lida na íntegra.
   Quanto aos outros dois livros, teriam ainda que ser feitos, o que nunca aconteceu (apesar de as ideias ainda existirem na minha cabeça  e nalgumas notas que tomei), porque este álbum nunca chegou a bom porto. E, hoje, se isso acontecesse, sei que faria as três histórias em três estilos diferentes. O que o futuro reserva para esta trilogia Vidas, francamente, não sei... Mas, pelo menos, o primeiro livro pode dizer que, volvidos estes anos todos, teve finalmente um contacto com o mundo...


4 comentários:

  1. parabéns por nos dares a conhecer este teu trabalho maravilhoso.

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  2. Obrigado, Paulo, isso apesar de nem toda a gente achar isso, porque, como digo no texto, ele foi recusado algumas vezes. Um abraço.

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  3. João, parabéns por este trabalho que remexeste na tua gaveta. Quero dizer-te que o passado é um cenário fundo, sem existência física, o que existe é hoje e é neste tempo que de deves debruçar. Assim sendo, espero que o "Vidas" chegue a bom porto e, com ele, quem sabe não traga também motivação para realizares a tua trilogia... Forte abraço.

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  4. Pedro Manaças,
    Fico muito sensibilizado com o teu comentário. Quanto ao futuro, a Deus pertence, como diz o outro. Mas pelo menos, de certa forma, esta história de certa forma, já saiu para o mundo e fico satisfeito por haver quem tenha gostado dela. Grande abraço.

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