A TODAS AS MÃES!

Porque os desenhos falam melhor do que quaisquer palavras que eu possa colocar, cá vai então mais uma situação insólita criada por este miúdo irrequieto. Claro está que desta vez a vítima é a mãe que, após um dia de trabalho, julgava que podia finalmente descansar. Puro engano! Com o Fred não há hipótese... E é esta tira que eu dedico de um modo muito especial a todas as mães que, às vezes, aguentam com uma paciência de santas todas as nossas traquinices. Para elas, cá vai a minha modesta homenagem...

CUIDADO COM O QUE SONHAS!

Esta foi uma ilustração que efectuei para responder a mais um desafio do Pen Tablet Inc, cujo mote era Salvem-me dos meus Sonhos. Pensei que esse era o tema ideal para prestar uma pequena homenagem a toda uma série de obras feitas durante os anos cinquenta e sessenta para filmes e revistas que abordavam temas fantásticos, das quais sou um profundo admirador. Na maioria delas, figurava normalmente uma rapariga em apuros, sendo os inimigos vários, desde monstros a extraterrestres. Todavia, apesar disso, quando a desenhei não quis, propositadamente, mostrar o que a aterroriza, deixando isso à consideração da imaginação de cada um. Optei antes por esbater no fundo o lettering de uma frase, que depois coloquei como legenda: "Quando sonhas as portas da percepção estão abertas. Cuidado!"

FRED & Companhia - Quase uma tira

Publico hoje, aquela que seria a primeira tira do Fred, quando cheguei a pensá-lo como um projecto que decorresse fora dos postais de felicitações. A ideia seria publicá-lo a preto e branco e pretendia ilustrar pequenas situações, com palavras ou não. E para começar, pensei, que nada melhor para ilustrar, do que mais uma das bizarrias deste endiabrado puto, onde a vítima, para variar era, mais uma vez, a sua amiga Susaninha. Ah... e, claro está, que o Joca é mais uma variação da minha pessoa.

PUZZLE

Chegou a vez de mais um projecto que nunca passou disso mesmo. São as contingências de começar trabalhos e depois surgirem outros que nos podem sustentar financeiramente a médio prazo. Consequentemente, nesssas alturas, o que acaba por ficar para trás, são as minhas próprias criações, que por vezes não passam disso mesmo. Esta seria uma história policial, passada no mundo sórdido das grandes empresas e começava de uma forma simples. Uma rapariga via o seu namorado ser morto à sua frente, até constatar algum tempo depois que ele afinal estava vivo. Para além de tentar saber o que é que lhe tinha acontecido, a jovem teria que descobrir como é que ele encenara a sua própria morte diante dos seus olhos. E isso era apenas o início de uma trama que, como o título indica, seria um terrível puzzle para desvendar. Deixo hoje o que poderia ser uma possível capa e estudos para a personagem da rapariga e do namorado (este com os dois visuais com que se apresentaria na história, ou seja: antes de ser morto e depois de "ressuscitado").

LITTLE FRED

Cá vai então mais uma pequena aventura (ou desventura) deste miúdo traquinas, com uma pequena homenagem a essa grande obra-prima que é LittleNemo in Slumberland, de Winsor McCay.

EXTINTOS!

Eis algumas ilustrações que fiz para livros escolares. Estas deram-me um especial gozo, sobretudo porque estamos a falar de conceber animais, que há muito se encontram extintos. Ainda assim, tentei dar- lhes uma textura credível, para aquilo que eles poderiam ter sido, enquanto andavam na superfície do planeta. Se nos dinossauros, temos sempre como referência o magnífico trabalho que a esse nível foi feito em Parque Jurássico, nos outros, foi necessário ver várias ilustrações científicas e, a partir daí, no computador criar uma textura que fosse mais ou menos credível. Mas, independentemente de tudo isso, estes são desenhos pelos quais, ainda hoje, nutro um especial carinho.

FRED & Companhia - A todos os aniversariantes e não só!

Quando publiquei uma adaptação de Fred & Companhia, dedicado ao dia dos namorados, disse que tinha mais tiras deste irrequieto miúdo, a grande maioria delas feitas para postais de aniversário. Por isso, começo hoje a publicar algumas. É verdade que não sou um humorista. O desenho que mais me seduz é indiscutivelmente o realista. Porém, de vez em quando, estas pequenas histórias (que começaram por ser uma ideia para tiras, sendo depois adaptadas aos ditos postais), permitiram-me, de vez em quando, sair da rotina e encarar a vida com um pequeno e despretensioso sorriso. Assim, a todos os que fazem anos, os meus parabéns. Aos que não fazem, parabéns na mesma, pois irão viver mais um dia do resto das vossas vidas.

REFLEXOS NUM ESPELHO

Esta foi a primeira ilustração que efectuei para responder a um aliciante desafio que me propuseram há poucos meses e que envolve artistas de todo o mundo (ver aqui). Trata-se de efectuar uma ilustração para um tema que todos os meses vai variando. Torna-se óbvio que o tema do mês em causa era aliens, mas tendo a liberdade criativa de fazer o que me viesse ao miolo (com a única condição de que tivesse alguma coisa a ver com o que é proposto), lembrei-me de um filme de John Carpenter, intiulado Eles Vivem. A certa altura, o filme assume que os extraterrestres já se encontram entre nós, só que enquanto "eles vivem, nós dormimos". Por isso, vêmo-los como banais seres humanos e não na sua real forma. Foi partindo desse pressuposto, daquele que é sem dúvida um dos meus filmes de culto, que elaborei esta ilustração (embora o meu extraterrestre nada tenha a ver com os que aí aparecem) e lhe dei este título.

PÁSCOA - PAIXÃO E RESSURREIÇÃO

   Uma vez que nos aproximamos a passos largos da Páscoa, resolvi colocar hoje um desenho que me foi pedido há dois anos para ilustrar a capa do jornal da paróquia de Sintra, Cruz Alta. Como tive ampla liberdade de criação e queria fugir um pouco ao que é tradicional fazer-se como ilustração para esta época, decidi colocar o enfoque, não na paixão e crucificação de Jesus Cristo, mas sim na sua ressurreição (quanto a mim, o facto realmente importante). Também não queria representar a sua face, pois considero que já existem milhões de representações. Eu próprio, já fiz algumas quando trabalhei no livro O Menino Jesus Fez-se Homem. Lembrei-me então de um quadro que sempre me apaixonou: Cristo de São João da Cruz, de Salvador Dali. Claro que não tive, sequer a pretensão, de chegar aos pés de um verdadeiro mestre, mas quis tão somente fazer uma representação como ele tinha feito nesse quadro: ou seja deixar a face de Cristo à consideração da imaginação de cada um. Em vez de mostrar, sugerir.

   Por fim, foi também um desenho que, no processo de pesquisa, me permitiu aprender algo mais, pois a maior parte das crucificações que existem representadas, estão erradas. Os pregos foram espetados nos pulsos, nunca na palma da mão, pelo simples facto, de que se fossem colocados nessa zona, a carne se rasgaria e os braços acabariam por cair. Nos pulsos, ao contrário, existe um osso que, depois de perfurado, sustenta o prego. Mas, claro está, tudo isto é uma simples questão de pormenor. Resta-me, pois, desejar a todos os que visitam este blogue os votos de uma BOA PÁSCOA.