terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O FIM DA LINHA I



   Conforme prometido, começo então hoje a publicar aqui no blogue O Fim da Linha, da mesma forma que fiz com Vidas. Esta, como já disse anteriormente, foi uma banda desenhada publicada a preto e branco nas Selecções BD. Por isso, e para todos os que já leram aí a história, introduzi uma pequena alteração. Em vez de a mostrar tal como saiu na revista, vou dar-lhe aqui uma ligeira tonalidade sépia, mantendo tudo o resto... Afinal, aqui não estou limitado, como então acontecia, a ter que publicar a BD a preto e branco. Podia também colocar os originais a cores (até porque os tenho), mas a verdade é que tudo aqui foi pensado para o preto e branco, nomeadamente para o jogo de contrastes. Por isso, acho que essa é uma opção que para esta história não se torna válida.
   Para aqueles que gostam de andar à procura de pormenores, fica a curiosidade de que em todas as páginas aparece um relógio. Se nalgumas como esta, ele é bem visível, outras há em que se trata de um simples e quase invisível pormenor. Por isso quem se quiser dedicar a procurar o relógio que marca a cadência do tempo, um pouco a exemplo do que sucede no filme de Fred Zinneman, terá aqui um bom passatempo.

4 comentários:

  1. 1º - Finalmente vou conseguir ler esta história toda, porque a parte que me falta ler (a final), eu consegui não comprar o nº da Selecções BD em que saiu. Aliás, foi na altura em que o meu pai começou a não comprar a revista e a mesma até acabou por ser cancelada, uns quantos nºs à frente.
    2º - Tu bem que me enviavas essas pranchas finais, que sairam no nº 28 da Selecções BD(mesmo que ainda não estejam a Sépia). Ou vais fazer-me esperar por elas quase um ano?
    3º - É interessante que há mais de 10 anos, quando a tua obra começou a sair na revista, eu ter adorado o teu trabalho e ter-te considerado um grande autor (a tal cena do autor transição...vem daí) e, passados estes anos todos, és um dos meus grandes amigos/mentores do mundo da BD.
    4º - Continuo a achar que a ex-namorada do protagonista é a Cristina. Não me venhas com tretas.
    5º - Ao ler esta história, parece sempre que estou a ver um filme clássico. A preto e branco. Na RTP2. Na casa da minha avó. Após ela me ter ido buscar ao infantário. E cheira a bifes com batatas fritas. Como todas as tardes da minha infância. Puseste-me fome, sacana. Ah, finalmente vão começar os desenhos animados. Os meus pais nunca mais chegam. Está um trânsito infernal. Já passa das 19H00 e eles não chegam. Depois do lanche à base de bitoque (que foi duplo, porque era com a minha avó e o meu avô e depois com uma tia-bisavó que vivia com eles e com um primo nosso, que só em idade adulta é que percebi que essa minha tia era amante dele), a minha avó acaba por me dar o jantar. Volta a dar o filme a preto e branco (ou um documentário sobre animais). Os meus pais chegam, finalmente. Temos um Citröen GS (cor amarela pálida. Vamos para casa. Volto a jantar (bife com batatas fritas, há dúvidas?). Brinco com os meus Cóbóis de plástico e volto a experimentar a experiência de um bom clássico de westerns.
    6º - Já sabes se podes fazer a bd aqui para o menino?

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    1. Mas que grande comentário. Vamos lá a ver se tenho resposta para tudo. Comecemos então:
      1º -Sobre isso, posso-te dizer que a história ainda saiu completa nas Selecçõs BD. Se bem me lembro, saiu até ao penúltimo número publicado.
      2º - Não sei se mereces qu eu te envie as pranchas, eh! eh! eh! e quem esperou estes anos todos também pode esperar alguns meses. Mas para não dizeres que sou mauzinho, envia-me um mail a dizer quais são as pranchas que te faltam e pode ser que tenhas uma surpresa.
      3º - Agradeço as tuas palavras, embora não deixe de me rir com essa do autor de transição. Nunca vi as coisas dessa forma. Faço o que mer dá gozo e ponto final. Se sou de transição ou não, nunca pensei nisso. Isso compete, de facto, a vocês, leitores, julgar.
      4ª - E eu continuo-te a dizer que não é. Poderia ser baseada nela e, se o fosse, não tinha problemas nenhuns em dizer-te. Mas se tu continuas a teimar que é, o que é que eu hei-de fazer.
      5ª -Epá, o que é que eu posso dizer depois dessa história toda que me contaste. Fico satisfeito por te ter despertado vários sentimentos, incluindo até a fome. Há de facto coisas que nos escapam quando elaboramos uma história.
      6º - Sobre isso, terei uma resposta em breve para ti (que é como quem diz, ao longo do mês de Fevereiro). Logo que eu saiba alguma coisa em concreto, enviar-te-ei um mail a dizer se podes ou não contar comigo
      Puf... puf... acho que respondi a tudo. Fica por isso um grande abraço

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  2. Está fantástica João!! Gostei do toque do tom sépia mas gostaria também de ver o preto e branco original, visto que não tive a oportunidade de ver as revistas Selecções BD.

    Um abraço.

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    1. Obrigado mais uma vez pelo comentário. Em relação ao que referes, posso-te dizer que as diferenças não são muitas. Eu não mexi sequer nos desenhos. Digamos que em vez do preto e brtanco original só lhes dei um "banho" de sépia. Mas as gradações e os contrastes do original mantêm-se tal e qual foram publicados. Na parte artística e de textos não mexi e, nesse domínio, irá sair exactamente tal e qual saiu nas Selecções BD. Por isso, podes estar descansado que, como disse no texto e embora tenha as pranchas a cores, irei publicá-la exactamente com o mesmo tratamento que saiu na revista, só que em vez de ser a preto e branco, é a sépia e branco, se assim posso falar. Grande abraço.

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