terça-feira, 15 de setembro de 2020

DIAS ESTRANHOS

 



Deixo aqui algumas fotos da minha participação na Feira do Livro de Lisboa, no passado sábado, onde pude autografar o meu mais recente livro, a adaptação para banda desenhada de Rosa, Minha Irmã Rosa, de Alice Vieira. Esta foi provavelmente uma das experiências mais estranhas que enfrentei, nestes tempos de pandemia. E não pude deixar de recordar sessões anteriores com alguma saudade, desejando obviamente que, mais cedo ou mais tarde, algo parecido com essa realidade seja de novo possível. Ainda assim, apesar de tudo, foi uma boa experiência, debaixo de um calor avassalador, um facto terrível para quem tem que usar máscara.









terça-feira, 8 de setembro de 2020

HORÁRIO, SÁBADO NA FEIRA DO LIVRO



Comunico hoje que no próximo sábado, dia 12 de Setembro estarei presente na Feira do Livro de Lisboa, no Espaço Leya para uma sessão de autógrafos. Em virtude dos tempos actuais de pandemia, só poderei autografar das 16.30 às 18.00 horas. A boa notícia é que já poderei assinar o meu mais recente livro, ou seja a adaptação para banda desenhada de Rosa, Minha Irmã Rosa, de Alice Vieira, entretanto colocado à venda. Portanto quem estiver interessado em aparecer, está desde já convidado.



A Mariana, a minha mais recente heroína também estará presente


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

"ROSA, MINHA IRMÃ ROSA" BREVEMENTE NUMA LIVRARIA PERTO DE SI

  

Capa do livro que estará disponível a partir de 8 de Setembro

  Hoje apresento-vos Mariana, a minha mais recente heroína, em mais uma adaptação literária que fiz para banda desenhada. Desta vez, trata-se de Rosa, Minha Irmã Rosa, o livro de Alice Vieira que estará à venda nas livrarias já a partir do próximo dia 8 de Setembro.

    Este foi para mim um projeto que implicou um grande desafio, apesar do livro ser relativamente pequeno, já que, em certa medida, saí da minha zona de conforto. Assim, foi a primeira história em que desenvolvi uma heroína que é uma criança que se vê confrontada com realidades novas que invadem a sua rotina, nomeadamente o nascimento recente da sua irmã. Mas foi também uma forma de dizer à Alice Vieira que a sua escrita é tão absorvente e aparentemente simples que ela própria poderia escrever guiões para banda desenhada. Já a desafiei várias vezes para fazermos uma experiência nesse sentido. No entanto, como ela considera que isso lhe é muito difícil, passei naturalmente ao passo seguinte que foi o de adaptar para BD um romance seu que já teve o condão de maravilhar avós, filhos e netos. Basta referir que não tive que mexer muito nos diálogos para poder adaptar esta história que mostra que a realidade pode ser também um bom veículo para sonhos e fantasias...

    No entanto, se a escrita da Alice é maravilhosa, em termos de adaptação, este livro criou-me algumas dificuldades. Em primeiro lugar, como disse, trata-de de uma história vista sob o ponto de vista de uma criança, o que me levou a efectuar vários estudos (que não foram tão poucos como isso) até chegar a um visual que me satisfizesse plenamente. A Mariana não teve portanto um parto fácil. Para além disso, é uma história que se passa quase integralmente dentro de casa e em ambientes citadinos, o que me levou a ter que colocar um pouco de lado os grandes ambientes naturais de que gosto muito. Ainda assim, dei algumas voltas ao miolo para poder conseguir integrar algumas paisagens um pouco diversas. 

    Para além disso, foi um livro produzido em parte nesta estranha época que é a da pandemia e, apesar da história se passar na década de 70, houve fragmentos que me reportaram inevitavelmente aos tempos actuais. Por exemplo, a última vinheta só podia ter sido concebia nesta insólita realidade que vivemos. Foi portanto uma obra com muitos ambientes caseiros, concebida num tempo em que mal pude sair de casa...

    Mas, no geral foi um livro que, por razões diferentes dos outros, me deu muito gozo desenvolver e espero ter conseguido prestar uma homenagem a este mundo que a Alice soube tão bem criar e desenvolver e que mais não é do que uma incrível viagem às nossas próprias memórias.

    Seja como for, o resultado final desta maravilhosa viagem está aí e tenho a esperança de que seja mais um instrumento para nos ajudar a visualizar algumas pequeninas coisas que fazem parte do nosso próprio percurso de vida, reportando-nos para a criança que fomos e queremos continuar a ser. Fica, por isso, a finalizar um agradecimento muito especial à Alice que acompanhou e incentivou este projeto com a sua contagiante alegria e apoio... 


Uma prancha do livro

    


Mariana, a minha mais recente heroína

terça-feira, 1 de setembro de 2020

O MALHADINHAS EM VISEU


O trabalho que fiz, tendo por base O Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro

Mais uma vez, a exemplo do que aconteceu em anos anteriores e a convite do GICAV, participei numa iniciativa em Viseu, este ano apelidada de O CUBO MÁGICO e feita em moldes algo diferentes dos anos anteriores, devido à pandemia, já que este ano não poderá haver a tradicional Feira de São Mateus. No entanto, alguns dos requisitos mantêm-se. Assim, a exposição com trabalhos de vários artistas que decidiram fazer um trabalho, tendo por base o tema O Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro está a realizar-se na Rua Direita, nº 125. Mas há também uma outra paralela do colega e amigo Santos Costa, onde poderão ser contemplados originais que serviram de base ao álbum que elaborou e que é precisamente uma adaptação literária desse romance. Essa exposição estará patente no Mercado 2 de Maio. Deixo hoje aqui então a minha contribuição para mais esta iniciativa de louvar, mas para todos os que quiserem ver estas mostras ao vivo e a cores, bem como adquirir o livro de Santos Costa ficam então os locais e, apesar da inauguração ter já sido a 22 de Agosto, os trabalhos ficarão patentes até ao próximo dia 21 de Setembro nos locais indicados.

O cartaz da exposição da autoria de Santos Costa